31 de janeiro de 2017

Solidariedade

“Solidariedade é um ato de bondade com o próximo ou um sentimento, uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo. Ao pé da letra, significa: Cooperação mútua entre duas ou mais pessoas. Interdependência entre seres e coisas.”

Como praticarmos a solidariedade em num mundo cada vez mais individualista, onde a realização pessoal se antecede ao bem comum?
Como ser solidário em um mundo onde os dias, as semanas e os meses correm, não restando tempo para sequer olhar e observar o que está em nossa volta?
Como ser solidário se estamos sempre exaustos por conta de nossas obrigações?

Nos parecem solidários aquelas raras pessoas que conseguem dispor de seu tempo para serem voluntárias em alguma ONG, comunidade carente e hospitais. Mas acreditamos que estas tem muito dinheiro, ou são aposentadas, ou não trabalham para obter seu sustento ou ainda, que vivem também com muito pouco.
Sabemos que não é só de recursos financeiros que as instituições que se dedicam a cuidar dos mais necessitados precisam, embora uma doação possa tornar nossas consciências mais leves com relação ao bem que devemos prestar ao mundo. O ser humano precisa também de atenção e carinho.
Eu mesma, muitas vezes já tomei a seguinte resolução: “Este ano vou usar uma tarde da semana para ajudar alguma instituição que precise de trabalho voluntário.”. Porém isto não aconteceu.

O que podemos fazer?
Como a definição dada no início deste texto já diz, a solidariedade deve existir entre os membros de um grupo.
Então, por que não começarmos a ser solidários nos grupos dos quais fazermos parte? Em nossas casas, nosso ambiente de trabalho, no trânsito, estendendo estes atos de bondade a toda e qualquer pessoa com quem deparamos em nosso dia a dia?
Já imaginaram com quantas pessoas interagimos mesmo que por alguns minutos em cada dia?
O porteiro do prédio, o dono da padaria, os garçons, o ascensorista, o manobrista do estacionamento, o caixa do supermercado, nosso chefe ou nossos funcionários, nossos amigos, nossa família…
Pequenos atos solidários, como um olhar, um sorriso, uma pequena conversa realmente escutando o que está sendo dito, um “bom-dia” de verdade, um elogio, um conselho.

Seria uma prática incrível que poderia desencadear um “efeito dominó” maravilhoso – cada um “praticando atos de bondade com o próximo criando uma cooperação mutua entre as pessoas e uma interdependência entre os seres.”

É uma ideia simples mesmo, mas que exige muita atenção, disponibilidade e amor!

Que tal tentarmos?

Texto escrito por Marise Junqueira Nunes, sócia proprietária da Vivere Bene – atividades para maiores de 60 anos.

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