20 de novembro de 2014

O Mal de Parkinson

A doença de Parkinson, mais conhecida como Mal de Parkinson foi diagnosticada, pela primeira vez, no início do século XIX. Por definição, trata-se de uma doença neurológica, que provoca degeneração lenta e progressiva das células do cérebro controladoras dos movimentos e do equilíbrio (Sayeg, 1991).

CAUSAS E SINTOMAS

Indivíduos de qualquer sexo, raça e etnia podem vir a apresentar os sintomas da doença, entretanto ela é mais comum entre pessoas com mais de 50 anos, e ainda mais expressiva em maiores de 65 anos. Sua causa não possui influência genética expressiva e pode ser influenciada pelo uso excessivo de determinados medicamentos – que inibem a produção da dopamina – e em decorrência de traumas cranianos ou isquemias cerebrais.

Seus principais sintomas são: tremores nas mãos, membros inferiores e na cabeça; falta de equilíbrio; enrijecimento muscular; lentidão na execução de movimentos; insônia; ansiedade e depressão; dificuldade na fala, escrita e olfato. Estes sintomas são decorrentes da morte das células neurais responsáveis pela produção da dopamina, cuja função é transmitir as correntes nervosas aos músculos do corpo.

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

Lembrando que a doença é progressiva e degenerativa, e não tem cura, o objetivo do tratamento é retardar a progressão da doença, proporcionando uma maior qualidade de vida para o parkinsoniano. Um aspecto bastante relevante no tratamento do Parkinson é a multidisciplinaridade. Deve-se se levar em consideração aspectos clínicos, psicológicos, terapêuticos, e nutricionais.

– Aspectos clínicos: aqui deve-se considerar ambas opções medicamentosas e cirúrgicas. Os medicamentos de uso contínuo devem ser adaptados com o médico responsável levando em conta interações medicamentosas e características individuais do paciente. Além disso, há um grande avanço nas técnicas cirúrgicas de implantação de marca-passo cerebral no Brasil, com resultados bastante expressivos.

– Aspectos psicológicos: por se tratar de uma doença degenerativa e sem cura, a ansiedade e depressão são companheiras fiéis do parkinsoniano. Um acompanhamento psicológico é muito indicado, principalmente no momento em que a doença é diagnosticada.

– Aspectos terapêuticos: fonoaudiólogos, fisioterapeutas e educadores físicos devem trabalhar em conjunto na estimulação de exercícios que venham a estimular as musculaturas prejudicadas pela falta da transmissão neural. Exercícios de fala, equilíbrio, cognição, coordenação, força e resistência muscular são todos benéficos ao paciente, sempre respeitando as limitações impostas por essa ou outras doenças.

– Aspectos nutricionais: a deglutição é afetada em estágios mais avançados do Parkinson dificultando a ingestão de alguns alimentos. Portanto, vale consultar um nutricionista para se informar sobre quais as melhores opções de alimentos e suplementos, se necessário.

O parkinsoniano precisa de informação, apoio familiar e tratamento multidisciplinar contínuo para que consiga manter hábitos de vida saudáveis e uma vida mais feliz!

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