11 de setembro de 2014

A idade e o Ultraman – reflexões Marise Junqueira

Hoje acordei cedinho, num daqueles dias lindos de primavera. Dia de céu azul pálido e brisa calma.

Estava cansada da semana turbulenta que o cotidiano os impõe, ou melhor, que aceitamos sem pensar se é assim que queremos viver .

Permiti-me sentar confortavelmente numa cadeira de praia, fechei os olhos e de uma forma melancólica, filmes de todos os gêneros começaram a passar pela minha mente – comédias, dramas, romances, aventuras… histórias que me fizeram rir, ter medo, chorar, ter coragem, refletir. Filmes da minha vida.

Ao abrir os olhos tinham se passado na minha memória quase 60 anos.

Como um quebra-cabeças, fui construída por estas experiências vividas. Cada qual com sua importância.

Uma delas , considero das mais desafiadoras. Aos 47 anos, no ano de 2002, decidi participar de uma prova chamada Ultraman. Foram 10 km nadando, 421 km pedalando e 84 km correndo.

Um grande desafio, muito treino, perseverança, disciplina, uma pitada de coragem, aliados à alegria de fazer o que gostava.

O que ganhei com isso?

De imediato a grande satisfação de participar de uma prova destas. A alegria da conquista!

Porém, o maior ganho foi a certeza de que “quanto mais se pratica o esporte da vida é que se começa a perceber que a meta é a plenitude. E a razão do percurso… é tão somente buscá-la com alegria.”

Creio, portanto, que aos 20, 60, 80, 100 anos podemos e devemos descobrir e fazer aquilo que mais queremos fazer, desde que este desejo parta do fundo dos nossos corações, e que estejamos ou nos tornemos suficientemente livres e corajosos para fazê-lo, acreditando que a palavra limite está distante de onde a grandiosidade do nosso ser e das nossas infinitas capacidades podem nos levar.

Livres para podermos voar, leves para voarmos mais fácil, ousados e corajosos para voarmos mais alto.

Nunca seremos velhos o suficiente para tentarmos novas conquistas!

Marise Junqueira

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