Desde o nascimento, já iniciamos a busca pela autonomia e liberdade. E somos fortemente influenciados por nossos pais,que nos auxiliam a segurar a mamadeira sozinhos, dar os primeiros passos. Somos estimulados a ler um livro e fazer pequenas tarefas e quanta alegria sentimos ao alcançar um objetivo e, quanto orgulho aqueles que nos incentivaram também sentem.
Na adolescência definimos liberdade em sairmos sem os pais, voltarmos tarde para casa, decidirmos no que queremos comer ou beber, viajarmos com os amigos.
Finalmente escolhemos nossas profissões, nossos parceiros, nossos amigos, nossos hobbies, A todo momento, usamos a tal da liberdade de escolha, buscando a nossa independência.
Esta liberdade parece não ter limites e pode nos trazer boas e más consequências. Mas, isto não importa, pois afinal ela nos pertence e nos acostumamos com ela.
Mas, chega uma época da vida em que surgem as limitações que a idade nos impõe sem pedirmos e às vezes sem quase percebemos de imediato. Essas limitações começam a tolher essa sensação de que “mandamos no nosso nariz”.
Filhos e netos não nos deixam mais fazer coisas que tivemos a liberdade e o prazer de realizar durante quase toda a vida!
Parece que querem nos sufocar, menosprezar nossa capacidade, duvidar da nossa sabedoria, não acreditar na nossa experiência.
Afinal sempre fomos nós que cuidamos de nossos filhos e netos, levamos para a escola, os ajudamos nas tarefas da escola, fizemos sua comida, não deixamos faltar nada em casa, pagamos as contas, os levamos passear…
E então filhos? O que fazer?
As limitações surgem aos pouquinhos e, portanto devemos ter o cuidado de interferirmos com muita sutileza e carinho naquilo que consideramos que nossos idosos já não são mais capazes de fazer. Mesmo assim, é importante estimular para que realizem, mesmo que com imperfeições, aquilo que ainda são capazes. Devemos colocar nossas ações como apenas “uma pequena ajuda”.
É muito importante, na medida do possível, que se mantenham física e mentalmente ativos, com a realização de algumas tarefas, como arrumar a cama, lavar uma louça, cozinhar, pagar uma conta no banco, contar suas histórias, ensinar a um neto algum conteúdo que dominem.
Assim estarão emocionalmente mais felizes, fisicamente mais fortes e mentalmente ativos.
Poderão então continuar a sentir a alegria de alcançar um objetivo e observar o orgulho que agora filhos e netos sentem deles por estarem ainda usando a liberdade conquistada um dia!