O envelhecimento da população é um fenômeno mundial, fruto de inúmeros avanços, sociais, tecnológicos e científicos. Este processo engloba mudanças morfofisiológicas, psicológicas e socioculturais que afetam significativamente as áreas cognitivas do cérebro, influenciando diretamente assim, na autonomia e na rotina dos idosos.
Idosos “mais idosos”
Além do envelhecimento populacional após os 60 anos, observa-se também, uma expansão de idosos mais idosos, ou seja, pessoas acima dos 80 anos, o que nos mostra uma nova realidade. Com o passar dos anos, em geral, há uma diminuição das funções cognitivas nos idosos, incluindo dificuldades de memorização e atenção, diminuição da velocidade de processamento da informação e de resolução de problemas. No que diz respeito à área cognitiva, o declínio cognitivo ocorre como um aspecto normal do envelhecimento.
Funções cognitivas
Quando pensamos em cognição, nos vem a cabeça apenas a palavra “memória”. Entretanto, existem diversas outras funções do nosso cérebro que devem ser estimuladas a fim de manter uma boa saúde mental, são algumas delas:
- memória
- atenção
- linguagem
- percepção
- funções executivas
Um bom convívio social e relações interpessoais saudáveis, influenciam diretamente no estilo de vida de cada indivíduo, servindo como fatores de cuidado no declínio cognitivo. Aspectos como atividades físicas, encontro com amigos, cultura, lazer e bom convívio familiar podem funcionar como proteção às funções cognitivas do idoso.
Oficina de Memória
Aqui na Vivere Bene, disponibilizamos turmas em que trabalhamos com E.C. (Estimulação Cognitiva), para prevenção e diminuição deste declínio. Estudos realizados evidenciam que o cérebro humano, mesmo nos idosos, pode sofrer modificações e são passíveis de serem ativados através de estímulos externos, comprovando que, intervenções cognitivas podem e devem ser aplicadas em qualquer fase do desenvolvimento humano. Estas intervenções, tem como principais objetivos:
- dar autonomia ao idoso
- aumentar sua qualidade de vida
- conservar ao máximo as funções cognitivas
- diminuir a ansiedade causada pelas perdas
- aumentar a autoestima.
Texto escrito pela psicóloga Andreza Koslosk, uma das responsáveis pela Oficina de Memória da Vivere Bene – atividades para maiores de 60 anos.