Ontem o Brasil viveu o que chamamos de Festa da Democracia.
Uma disputa eleitoral pautada pela mudança, a mais acirrada desde 1989. Para ambos os candidatos o discurso era a luta pela mudança do país. Um grito semelhante ao que mobilizou milhares de jovens em julho de 2013.
O grito das ruas parece não ter ecoado nas urnas. Houveram cerca de 35% dos eleitores brasileiros que simplesmente não foram às urnas.
Embora o voto seja obrigatório para os mais jovens, esse número mostra uma passividade da população em relação a fazer a mudança. O que alguns pensam como um ato de protesto acaba contribuindo para o empobrecimento da democracia.
IDOSOS NAS ELEIÇÕES
O voto para eleitores acima de 65 anos é opcional. E mesmo com toda a dificuldade de locomoção e o peso físico que a vida trouxe com o passar da idade, o que se viu nas urnas foi um exemplo de dedicação e cidadania dos idosos pelo o Brasil.
Os idosos, que podem escolher entre votar ou não, parecem que têm uma consciência muito maior em relação a sua cidadania. Mesmo podendo escolher, cerca de 17% dos votos válidos para presidente são dos idosos. Trata-se de um grito da população idosa por melhorias nas condições de vida.
IDOSOS BRASILEIROS E SUAS CONDIÇÕES DE VIDA
Segundo a pesquisa Global AgeWatch Index 2014 o Brasil está na posição 58, entre os 96 países pesquisados, no que diz respeito a qualidade de vida dos idosos. Perdemos para países como Vietnam, El Salvador, México, Equador e Argentina.
São 23 milhões de pessoas acima de 60 anos no Brasil, segundo a pesquisa, sendo assim, em relação aos números divulgados pelo TSE, estamos muito perto dos 100% dos idosos votando pelo Brasil.
IDOSOS E A ESPERANÇA
Nossa esperança e atitude nas urnas é fruto de um desejo em ter cada vez mais idosos ativos, idosos felizes e principalmente idosos respeitados pelos nossos governantes e toda a população. Que nos próximos anos o Brasil melhore e esteja no ranking dos melhores países para se viver, seja para os idosos, seja para os mais jovens.