19 de novembro de 2018

Quedas na terceira idade

O envelhecimento da população no Brasil e no mundo vem sofrendo uma crescente constante. Em 2005 a população idosa compunha menos de 10% da população, passando para quase 15% em 2015 e, segundo dados do IBGE em 2050, a população idosa ultrapassará os 22,71% da população total.

Dentre os problemas de saúde associados ao envelhecimento, a ocorrência de quedas é uma das mais preocupantes, pois suas consequências podem prejudicar muito a qualidade de vida do idoso, normalmente resultando em fraturas graves.

Índices de quedas

Pesquisas apontam que 1 em cada 3 pessoas com mais de 65 anos já sofreram um episódio de queda, e esse índice aumenta para aproximadamente 40% entre os “mais velhos”, com idade acima de 75 anos.

Ainda segundo dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), realizado em 2008, depois do primeiro episódio de queda, o idoso apresenta risco mais elevado para cair novamente, entre 60% e 70% no ano subsequente.

O mesmo estudo aponta que idosos mais saudáveis caem menos, cerca de 15% em um ano, comparativamente aos asilados, cujo porcentual sobe até 50%.

Porque elas acontecem?

Conforme envelhecemos, passamos por algumas alterações fisiológicas, tais como: diminuição da massa muscular, artroses, osteoporose, diminuição da acuidade visual, tonturas e vertigens, e estes fatores e sintomas estão diretamente ligados à falta de equilíbrio e consequentemente, à ocorrência de quedas.

Além disso, doenças como Parkinson e sequelas de AVC (acidente vasculares cerebrais) também podem afetar diretamente no equilíbrio, favorecendo a ocorrência de quedas.

Como se prevenir

  • Participe de um programa de exercícios de força e equilíbrio
    • A prática de uma atividade física regular traz inúmeros benefícios e, quando se trata de melhora no equilíbrio, não é diferente. Exercícios de fortalecimento e de alongamento da musculatura do tronco e dos membros inferiores favorecem na melhora postural e consequentemente no centro de equilíbrio, dificultando a possibilidade de quedas.
  • Analise e adapte o mobiliário da sua casa
    • Tome cuidado com pisos lisos, como os de cozinha e banheiro, mantendo-os sempre secos e, se necessário, aplique faixas antiderrapantes onde achar necessário. Nos banheiros é indicado colocar barras tanto dentro do box, quanto na parede em frente ao vaso sanitário, para facilitar os deslocamentos. Na sala e quartos, retire os tapetes que podem provocar tropeções e consequentes quedas. Se tiver escadas em casa, sempre utilize o corrimão, tanto para descer quanto pra subir.
  • Consulte-se com seu médico regularmente
    • Peça para seu médico analisar TODOS os medicamentos que você toma diariamente. Ele poderá entrar em contato com os outros médicos para verificar a possibilidade de uma redução na quantidade dos medicamentos. Muitas vezes a interação medicamentosa entre dois ou mais componentes pode resultar em efeitos colaterais como desequilíbrio, tonturas e vertigens, contribuindo para uma possível queda.

Lembre-se, a prevenção é sempre a melhor opção. Tomando esse cuidados você pode evitar uma futura queda mantendo assim uma velhice saudável e ativa! Afinal de contas, bem estar não tem idade!

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