26 de setembro de 2016

Estimulação Cognitiva

O cérebro também precisa de treino
Nosso corpo precisa de exercícios físicos para se manter saudável e isso não é novidade, certo? Com o cérebro não é diferente, ele também precisa de “ginástica” para se manter ativo e aberto a novos conhecimentos. Durante as atividades de treino cognitivo são trabalhadas diversas funções, entre as quais, a memória, a atenção, a velocidade de processamento, a percepção visual e, no caso das atividades em grupo, também a sociabilização.
Treinar a mente é uma atividade relevante em diferentes estágios da vida, em especial durante o envelhecimento:

> No envelhecimento saudável:
Estudos realizados em diferentes universidades do mundo demonstram que é possível compensar os déficits cognitivos por meio de treino, aumentando o desempenho e a manutenção das habilidades cognitivas nos idosos.
– Apresentar uma boa funcionalidade cognitiva é importante para um envelhecimento ativo e maior longevidade;
– Preservar a capacidade de desempenhar atividades de vida diária e instrumentais de forma autônoma (banho, medicação, alimentação, finanças, locomoção);
– Aprender algo novo e, com isso, manter o cérebro ativo;
– Otimizar o desempenho cognitivo e as habilidades preservadas.

> Nas demências:
Quadros de demência, a exemplo da Doença de Alzheimer, são processos neurodegenerativos e progressivos, ou seja, não têm cura. No entanto, o treino cognitivo na fase inicial pode reduzir a velocidade do progresso da doença e melhorar significativamente a qualidade de vida do idoso e da família, ao ensinar estratégias visando a melhor adaptação ao dia a dia.
– Preservar a autonomia do idoso pelo máximo tempo possível;
– Manter o idoso orientado quanto à sua história pessoal (dados biográficos) e preservar a noção tempo-espacial (dia, mês, ano, cidade, bairro, endereço);
– Ensinar estratégias compensatórias (uso de agendas, sinalizações em casa, calendários, alarmes)
– Manter o idoso conectado com seu entorno e ativo socialmente;
– Estimular o interesse em atividades que exercitem a memória, atenção, velocidade de processamento, percepção visual.
– As atividades em grupo podem ser benéficas para a preservação do contato social ajudando a evitar o isolamento e a depressão.

Oficina da Memória – Vivere Bene
O trabalho realizado durante as Oficinas de Memória na Vivere Bene consiste em uma estimulação cognitiva com atividades diversas planejadas para grupos de idosos. O grande propósito é criar um ambiente de estímulo das funções cognitivas e convivência social. A oficina não vai impedir o aparecimento ou progresso de uma doença em curso, mas favorece um envelhecimento saudável e tem benefícios além da cognição: social, autoestima, iniciativa. Havendo suspeita de quadros de demência, recomenda-se que, além da participação nas oficinas coletivas, o idoso passe por avaliação e acompanhamento médico e neuropsicológico individualizado.

—- Patrícia Alves Ribeiro Pegorer é Psicóloga pela PUC-PR e especialista em Reabilitação Neuropsicológica pela Universidade de São Paulo. Atende em consultório, a domicílio e na Vivere Bene com a Oficina da Memória.

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